A pauta de hoje é: Pitacos na organização de jardim em vasos!
Admita, você nunca imaginou sentir tanta falta de usufruir de espaços externos para a prática de lazer, recreação e contemplação.
Nas últimas décadas, grande parcela da população mundial passou de rural para urbana, e isso não é novidade para ninguém, mas, o que não poderíamos imaginar é que seríamos obrigados a passar tanto tempo confinados, dentro de nossas casas, sentindo falta do ambiente natural e do contato direto com o espaço urbano.
Hoje, trazemos para você algumas dicas e sugestões de como organizar um pequeno jardim em vasos, principalmente para quem não dispõe de espaço externo para cultivo ao ar livre. Veja os tópicos do conteúdo que preparamos para você:
- A falta de contato direto com espaços verdes;
- Pandemia, espaços pequenos e plantas;
- Plantas e decoração;
- Espécies adequadas para espaços internos;
- Composições com vasos;
- O conceito de Urban Jungle ou Selva Urbana;
E para você que conta com espaço ao ar livre, mesmo que diminuto, se liga nesse compilado que disponibilizamos na última quinta-feira (22/04), em nossas mídias sociais, com algumas referências de jardins internos:
A falta de contato direto com espaços verdes.
A pandemia promoveu significativas mudanças de hábitos em alguns de nós. Despertou habilidades antes não imaginadas e nos fez passar a ver a vida com outros olhos. Clichê, talvez, mas infelizmente esse é um fato inquestionável. Em muitos lares, a necessidade do contato com os espaços externos se tornou essencial para superar esse tempo tão sombrio.
Para muitos de nós, habitantes de apartamento, a inexistência de espaços com um pouco de verde nos fez refletir sobre a importância dos mesmos para o bem-estar e, por que não, benefícios relacionados à saúde mental. Nunca antes os espaços externos – jardins públicos, praças, parques, áreas verdes; refúgios das trocas e convívio social foram tão valorizados.
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Mas, será que é possível trazer um pouco desses espaços para dentro de nossos lares?! Uma vez que, muitos de nós ainda permanecemos em distanciamento social, no espaço diminuto de um apartamento?!
Pandemia, espaços pequenos e plantas.
Nas últimas décadas, a rotina agitada, a jornada corrida e muitas vezes prolongada, levou a uma transformação no perfil da população e passou a interferir diretamente nas características dos espaços residenciais. Os espaços residenciais, principalmente no caso de apartamentos, se tornaram cada vez menores, mais otimizados, concebidos para facilitar a rotina de limpeza e manutenção.
Com o passar do tempo, o espaço residencial passou a desempenhar a função de “espaço dormitório”, quando seu utilizador se desloca para casa somente para dormir. Essa dinâmica sofreu uma dramática transformação com o início da pandemia, em março de 2020, que forçou a migração do ambiente de trabalho para dentro de nossas casas. Foi nesse momento que, com a reclusão imposta pelo isolamento, muitos de nós passamos a vivenciar o ambiente de morar com um olhar mais crítico, identificando as reais necessidades e, em algumas situações, a falta de qualidade estética e funcional.
Trazer a natureza para dentro de nossas casas foi uma das principais estratégias adotada por quem passou a vivenciar sua rotina diária em ambiente residencial. Além de ter se tornado uma alternativa interessantíssima para o embelezamento interior, já está comprovado que cultivar plantas é um delicioso passatempo, o qual pode auxiliar na redução dos níveis de estresse e ansiedade.
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Há os que já adotavam a prática de cultivo de plantas em ambientes internos muito antes de se imaginar uma possível pandemia, e somente deram continuidade aos seus afazeres. Mas, mesmo com a rotina de cuidados já implementada, os longos períodos de permanência dentro de casa, certamente, intensificaram a prática e a dedicação.
Não é necessário um grande espaço para promover a transformação estética e funcional de sua casa no que se refere a utilização de elementos verdes vivos. Em apartamentos, varandas, salas e espaços de convivência podem ser repaginados através da utilização de composições com folhagens e flores, devidamente acondicionadas em vasos ou floreiras.
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Plantas e decoração.
As plantas sempre estiveram presentes na decoração de muitos lares, talvez com menos intensidade do que vivenciamos na atualidade. Mas a verdade é que, um espaço de morar – hoje compartilhado por muitos com o espaço de trabalho; presenteado visualmente pela bela estética das plantas, consegue influenciar positivamente no humor de qualquer pessoa.
São filtros naturais, proporcionam a purificação do ar, deixam a casa mais fresca e auxiliam na promoção do bem-estar. Do ponto de vista do conforto visual transmitem a sensação de “espaço com vida”, aconchego e despertam memórias afetivas, afinal, quem nunca saiu da floricultura com uma planta que lembrava a casa da mãe ou da avó?!
O cultivo de plantas não é uma tarefa difícil ou impossível, entretanto, demanda cuidado e atenção. Antes de se engajar em uma transformação interior, através da utilização de plantas, certifique-se que você tem o mínimo de conhecimento e terá tempo de se dedicar às espécies escolhidas. Caso já tenha identificado que não haverá tempo suficiente para a rotina de cuidados, ou a atividade não irá lhe gerar envolvimento, opte por espécies que demandem cuidados mais simples, ou não invista em decoração com plantas naturais.
A verdade é que, não há regra para utilização de plantas na composição de espaços internos, o que deve ser levado em consideração é o bom senso na escolha das espécies quanto ao porte, finalidade, luminosidade e toxicidade.
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A escolha do porte da planta deve ser adequada ao espaço no qual será posicionada. Parece uma observação um tanto quanto óbvia, entretanto, muitas vezes esquecemos que determinadas espécies, em condições ideais, podem se desenvolver de forma saudável e extrapolar os limites pré-estabelecidos, por isso, certifique-se que a planta que está levando para casa terá o espaço adequado para recebê-la quando em sua fase adulta!
Você também precisará definir qual será a finalidade da planta que irá escolher, pois será a partir deste aspecto que conseguirá verificar se o espaço será adequado para seu desenvolvimento. Por exemplo, plantas frutíferas possuem características de cultivo distintas em si. Agora, imagine quantas particularidades precisam ser consideradas em relação à escolha de plantas medicinais ou ornamentais.
Dois aspectos que irão influenciar diretamente no desenvolvimento da planta são a ventilação e a iluminação do ambiente. Observe o ambiente, considere as diferentes possibilidades de posicionamento das plantas em relação a configuração do espaço. A ventilação está adequada? Qual é o período de insolação/sombreamento ao longo do dia? Tente identificar se o ambiente se caracteriza por alta ou baixa luminosidade.
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Por fim, um aspecto importantíssimo a ser considerado na escolha de espécies para decoração é o compartilhamento do espaço com crianças e pets. Para esses dois condicionantes a atenção deve ser redobrada, pois, como já é de conhecimento geral, crianças e pets possuem natureza curiosa e podem acabar ingerindo parte da planta em momentos de distração. Antes de adquirir uma planta, descarte qualquer possibilidade de espécies com características tóxicas.
Existem muitas espécies que se adaptam bem a ambientes internos. Desde que exista condições adequadas, e que você leve em consideração os aspectos anteriormente apresentados, o interior de sua casa pode se transformar em um espaço ideal para o cultivo de um belíssimo jardim em vasos.
Espécies adequadas para espaços internos.
A seguir, selecionamos 15 espécies de plantas ornamentais ideais para o cultivo em ambiente interno. Vale ressaltar que os nomes populares podem variar de região para região, por isso, atente-se ao nome científico na hora de adquirir uma planta.
- Espada-de-são-jorge | Dracaena trifasciata:
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- Lírio da paz | Spathiphyllum wallisii:
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- Pacová | Philodendron martianum:
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- Pleomele | Dracaena reflexa:
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- Samambaia | Nephrolepis exaltata:
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- Singônio | Syngonium angustatum:
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- Zamioculca | Zamioculcas zamiifolia:
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- Árvore da Felicidade | Polyscias fruticosa:
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- Cróton | Codiaeum variegatum:
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- Peperomia melancia | Peperomia argyreia:
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- Pulmão-de-aço | Alocasia cuprea:
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- Maranta-bigode-de-gato | Maranta leuconeura var. erythroneura:
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- Aglaonema | Aglaonema commutatum:
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- Jibóia-prateada | Scindapsus pictus:
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- Ficus-lira | Ficus lyrata:
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Composições com vasos.
São inumeráveis as alternativas de composições que podemos gerar pela combinação de vasos. Em um primeiro momento tente lembrar quais são as primeiras referências que lhe vem à cabeça quanto a forma, tamanho, textura, cor, entre outras características que despertam a sua curiosidade. Certamente essas serão as características que irão nortear a sua composição ideal.
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A nossa dica é optar por composições que não irão destoar dos demais móveis e objetos que compõem o espaço. Mas se você já tem uma pegada mais ousada, sente segurança e é adepto ao contraste na composição de ambientes internos, aí sim, sinta-se livre para fugir do convencional.
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Para composições mais aconchegantes, pense em combinações que possibilitem a mescla de diferentes portes e múltiplas espécies, nesse caso é muito importante respeitar as condições necessárias para o desenvolvimento de todas as plantas escolhidas, como, por exemplo, você pode criar um mix de plantas as quais se adaptam bem a pouca luminosidade, ou , caso contrário, que tolerem sol pleno.
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Não esqueça que o tamanho dos vasos precisa ser condizente com o porte e desenvolvimento das espécies que irá escolher. A proporcionalidade entre planta e vaso também irá garantir equilíbrio quando os elementos unitários estiverem dispostos em conjunto.
Outro ponto interessante a ser considerado é que, através da disposição de vasos em composição podemos criar “volumes verdes” e transmitir a sensação de preenchimento do espaço. Esse artifício pode transformar radicalmente a conformação visual dos ambientes internos.
O importante é se inspirar e levar o verde para dentro de casa!
O conceito de Urban Jungle ou Selva Urbana.
Para finalizar o nosso papo de hoje, vamos falar um pouquinho sobre o conceito de Urban Jungle, traduzido para o protuguês como selva urbana. A ideia é conformar, literalmente, uma selva através da utilização de plantas de diferentes espécies e portes, sem rígidos critérios quanto ao efeito estético e respeitando o seu desenvolvimento natural.
Nessa prática paisagística, o verde se torna o protagonista na construção do ambiente interior!
Para aderir a esse movimento, abuse de espécies de plantas do tipo folhagem, nativas ou exóticas, preferencialmente com diferentes tonalidades de verde, pois o segredo do sucesso nessa composição é a diversidade. Em hipótese alguma, utilize plantas artificiais, uma vez que o conceito remete a aspectos naturais.
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Para administrar esse pequeno “território verde” dentro de casa, você precisará de planejamento, cuidado e muita dedicação, pois a utilização de diferentes espécies demanda cuidados específicos.
Organizamos mais algumas sugestões de possíveis composições de jardim através da utilização de vasos e jardineiras. Lembre-se, é você quem irá compartilhar o espaço com o seu jardim, portanto, opte por composições que lhe encham de beleza os olhos e o coração, independente de modismo ou tendência!
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